Eurasian Resources Group pretende acabar com o trabalho infantil nas minas da África (transcrição da entrevista do Sr. Sobotka para CNBC em Davos)

20.01.2017

Entrevistador: Vamos discutir sobre o que vem acontecendo aqui: vários acordos são assinados aqui no Fórum Económico Mundial, e se não são ofertas sendo assinadas, temos um monte de conservações na qual devemos antecipar em 2017. Agora vamos tentar e conseguir o máximo possível com Benedikt Sobotka, CEO da Eurasian Resources Group. Agora, de acordo com o que vem acontecendo, você colocou um monte de coisas, um monte de caneta no papel. Uma das questões-chave tem sido a implementação do Good Shepherd, claro, um projeto em Lualaba na RDC (República Democrática do Congo). Você vai falar sobre isso e então entraremos em muito mais. O que você vê sobre as perspectivas, primeiro nesse e em seguida nos muitos outros compromissos que você tem?

 

Sr. Sobotka: Em primeiro lugar, para nós a África é incrivelmente importante: é uma das nossas maiores regiões. Nós empregamos quase 15.000 pessoas nessa região, diretamente e através de prestadores de serviços, e, em algumas das nossas regiões, somos de longe o maior empregador. Nós produzimos cobre e cobalto, somos um dos maiores produtores de cobalto. O negócio que você se referiu anteriormente, eu não chamaria de um acordo, mas de um acordo de parceria que nós gostaríamos de apoiar no futuro, com uma organização que apoia o fim do trabalho infantil e o desenvolvimento de meios de subsistência alternativos em algumas das comunidades muito frágeis em que operamos. Como muitos de vocês sabem, a RDC e outros países da Africa Central têm muitos mineiros artesanais, mineiros de pequena escala, que vivem em condições muito difíceis e o trabalho infantil é um problema dominante lá, que estamos tentando resolver.

 

Entrevistador: Agora, claro, o ato de Frank Dodd, quando ele entrou em jogo causou um monte de criação e um monte de perturbação com diversos modelos de negócios. Nós vimos a rastreabilidade ser implementada no leste da África, mas nos deu apenas uma sensação de como o ecossistema está se reconstruindo lentamente em mais um modelo baseado em rendimento?

 

Sr. Sobotka: Bem, na verdade – você mencionou Frank Dodd – estou realmente preocupado, porque vejo que com a nova administração chegando isso vai retroceder, então poderemos ver menos controle e conformidade na região do que gostaríamos. E ainda, muitos dos produtos com que operamos não são cobertos pela legislação e, em alguns dos países em que atuamos, eles se esforçam para cumprir a lei - o que é consistente globalmente. Mas a mineração artesanal em geral é um problema que, no século XXI, não deveria existir. Nós deveríamos ter abolido, e deveríamos ter encontrado maneiras de empregar trabalhadores e incluí-los em cadeias de valor de forma mais eficaz. E essa é uma das nossas prioridades para os próximos anos, e particularmente, claro, com a abolição do trabalho infantil, que é simplesmente impossível de existir no século XXI.

 

Entrevistador: Há um monte de conversas que precisamos ter, mas, além da RDC, você mencionou que há muito mais trabalho acontecendo. Ainda no contexto africano, gostaríamos de entender como é tentar contextualizar seus negócios em diferentes áreas com trabalhos bem diferentes ou ambientes propícios.

 

Sr. Sobotka: Trabalhando na África e particularmente com os produtos que produzimos - cobalto é um bom exemplo, quer dizer, o cobalto está presente em cada celular que você toca,  em todos os carros de Tesla e seus veículos eléctricos, então você não pode fazer nada sem ele - 60% - 70% do cobalto de série de bateria do mundo vem da África Central. E eu acredito que isso seja uma oportunidade, quero dizer que é como a Arábia Saudita para o cobalto está no Congo, mas não enxergam os benefícios de ter uma posição tão geologicamente dominante nessa indústria sendo assim muito mais precisa ser feito.

 

Entrevistador: Bem, e sobre o seu negócio na mesma causa, quer dizer, além da DRC ele se desenrola em mais. Você viu algum rompimento com o que você está tentando alcançar e o que realmente está no terreno?

 

Sr. Sobotka: Temos grandes planos para a África, não só no Congo, mas também na Zâmbia e em Moçambique, onde estamos planejando construir uma grande usina. Energia é um desafio histórico na África, como é evidente que há uma falta de infra-estrutura: a maioria da infra-estrutura de energia está na África do Sul e muito mais precisa ser desenvolvido no que tange a energia. Não é só o poder de carga de base que você precisa - de grandes centrais de energia hidrelétrica e estações de carvão - mas você precisa de diversas soluções de distribuição de energia. Existem algumas iniciativas muito boas nesses espaços, mas as grandes corporações precisam fazer mais. Quero dizer, dentre as novas empresas com que trabalhamos está inclusa uma empresa chamada EPS, uma empresa muito, muito inteligente que olha para as redes inteligentes e mono redes para distribuir energia. Porque o continente é muito grande para ser coberto em um tempo muito curto com o tipo de infra-estrutura que você precisa e que você só teria na Europa e Estados Unidos.

 

Entrevistador: Tudo bem, o Estúdio diz que temos que terminar, mas muito obrigado pela entrevista.

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